Partia do litoral de São Vicente, transpondo os 800 metros de altura da íngreme serra do mar até atingir as bodas do planalto de Piratininga.
Os europeus aportados em São Vicente, e que estabeleceram boa relação com os
habitantes locais, logo perceberam que estes se movimentavam constantemente por aquela serra. Não foi difícil segui-los. No sopé da serra, ao qual chegavam navegando em canoas por um sinuoso rio, encontrava-se um caminho demarcado, com largura de 1,80 metros (8 palmos), limpo e rebaixado cerca de 40 centímetros (2 palmos) em relação ao nível do terreno em volta. Subindo em planos suaves, contornando os contrafortes dos morros, o caminho chegava ao topo da serra após percorrer uma distância aproximada de 40 quilômetros (6 a 7 léguas). Ali chegados os
viajantes ouviam os índios falando Paranapiacaba e, instigados por eles, viravam-se entendendo o significado da palavra - “lugar de onde se avista o mar” – deslumbrados com a imponente visão da orla banhada pelo Oceano Atlântico.
No planalto, logo adiante o caminho era interrompido pela confluência de dois rios, que
os índios denominavam Guarapiranga ao que vinha do Oeste e Jurubatuba (ou Jeribatiba) ao que fluía do Leste, ali se juntando e correndo para o Norte.
A viagem por esse caminho não demandava mais que dois dias e, na descida apenas um,
Fonte: Antonio Joaquim Andrietta: www.novomilenio.inf.brFotos: mochileiros.com
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