18 de jan. de 2010

RIO ANHANGABAÚ



Em 1790, foi construída uma ponte, a Ponte do Lorena (ou do Piques), que permitia a travessia do vale, depois de ter descido e subido as suas encostas. Em 1892, inaugurou-se o Viaduto do Chá.
Fotografia tomada do ponto em que se situa hoje, a parte posterior da Recebedoria de Rendas, entre 1903 e 1905. A extrema esquerda. os fundos da casa do barão de Tatuí, com seu Jardim murado com grandes Jaboticabeiras; ao centro o Rio Anhangabaú, já canalizado, mas ainda não coberto, fato que só se verificou em 1906; a direita a serie de pequenos sobrados que davam frente para a Rua Formosa e demolidos muito mais tarde, em virtude da remodelação do Parque Anhangabaú.

O Rio Anhangabaú, também conhecido nos primeiros tempos de colonização como Córrego das Almas, formava, ao lado do Tamanduateí, os limites naturais do núcleo urbano original de São Paulo, chamado de "Triângulo" (Veja: Vila de São Paulo). É um pequeno ribeirão que nasce a céu aberto entre a Vila Mariana e o Paraíso, passa pela Avenida São João e deságua no Rio Tamanduateí, nas imediações da Rua 25 de Março. Hoje, o ribeirão encontra-se canalizado e corre debaixo do metrô.

Vista do vale do Anhangabaú e viadutro do Chá (década de 50)
Os índios tinham muito medo desse rio. Atribui-se ao nome Anhangabaú várias origens e significados, mas todos indicam o caráter suspeito de suas águas: Anhangaba: diabrura, malefício, ação do diabo ou feitiço; Anhangabahú: anhangaba-y, rio do malefício, da diabrura, do feitiço; Anhangabahy: o mesmo que anhangá-y, rio ou água do mau espírito. Segundo Teodoro Sampaio, esse rio era para os índios "um bebedouro de assombrações".
Para o jornalista Levino Ponciano, o temor dos índios explicava-se pelas suas águas salobras que causavam doenças, conforme constatou um exame feito no final do século XVIII. Além disso, na época das enchentes, acreditava-se que o ribeirão transbordava e disseminava mais doenças à população.


Fonte:
www.museudacidade.sp.gov.br/imagem-imagens3.p.
www.aprenda450anos.com.br/
Formatação e pesquisa: HRubiales