AS VÁRIAS FUNDAÇÕES DE SÃO PAULO
A história de São Paulo é tão dinâmica e múltipla como a cidade nos dias de hoje. Tão múltipla e dinâmica – e assim foi desde o início – que, diferentemente do que se supõe, São Paulo não teve apenas uma fundação, mas várias:
-A primeira, inteiramente “informal”, com João Ramalho, na segunda década do século 16, em Ururaí (hoje São Miguel Paulista);-A segunda, com Martim Afonso de Sousa, em 1531, em local desconhecido (mas talvez no atual centro histórico de São Paulo);
-A terceira, com o padre Leonardo Nunes, em 1550, com o estabelecimento da capela de Santo André de Borba do Campo.
-A quarta, a tradicional, consagrada pela historiografia clássica, com Nóbrega e Anchieta, em 25 de janeiro de 1554, no Pátio do Colégio;
-A quinta, por fim e definitiva, em 1560, quando se deu a transferência dos moradores de Santo André para a colina de Piratininga.
Apesar de a multiplicidade e o dinamismo já estarem, portanto, plenamente “misturados” à trajetória da maior metrópole da América do Sul, tais elementos não foram fruto apenas da seqüência de “fundações”, mas também da mobilidade dos aldeamentos indígenas.
Fonte: Artur LopesBiografia:
São Paulo no Século XVI, Afonso Taunay, Tours Arraul&Cie, 1921
A Cidade de São Paulo – Geografia e História, Caio Prado Jr., Brasiliense, 1983
Aldeamentos Paulistas, Pasquale Petrone, Edusp, 1995
A Coroa, a Cruz e a Espada, Eduardo Bueno, Objetiva (ainda inédito)
São Paulo Seiscentista, Teodoro Sampaio, MEC, 1975